A peça central dos eventos pelo décimo aniversário do 11 de setembro ocorreu no Marco Zero (onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center), em Nova York, onde foi inaugurado um memorial em homenagem às vítimas. Além dela, numerosas celebrações ocorrem em outras cidades americanas, com os parentes dos quase 3 mil mortos reunidos nos locais dos ataques, que mudaram os EUA e o mundo - incluindo com as guerras no Afeganistão e Iraque.
Milhares de pessoas se juntaram em uma ensolarada manhã de domingo de luto em Nova York, um dia, onde estavam as imponentes Torres Gêmeas. Com a segurança reforçada e sem tráfego de veículos, houve um fúnebre silêncio onde a exatamente à uma década estavam os dois arranha-céus de 110 andares desabaram após serem atingidos por aviões sequestrados, espalhando uma nuvem de poeira na parte sul da ilha de Manhattan.
A cerimônia - teve gaita de foles, vozes de jovens cantando o hino nacional, e os bombeiros que foram heróis naquele dia estavam segurando a bandeira americana, retirado do Marco Zero - provocou lágrimas. Muitas famílias foram para a homenagem com camisas com o rosto do parentes mortos, levaram fotos, flores e bandeiras em um momento de emoção.
A ex-primeira-dama Laura Bush (esposa do ex-presidente George W. Bush) começou a leitura dos nomes da vítimas do atentado, atrás de uma proteção a prova de balas. Foram falados 2.983 nomes - 2,977 mortos em Nova York, Washington e Pensilvânia no 11 de setembro e seis no primeiro atentado contra o WTC, com um carro-bomba, em 1993, Mais esse total não inclui os 19 terroristas a bordo das aeronaves em 2001.
Após o pronunciamento do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, os presentes observaram o primeiro minuto de silêncio pelas vítimas às 8h46 ( 9h46 em Brasília ), horário do primeiro ataque, quando o voo 11 da American Airlines atingiu a Torre Norte do WTC. As homenagens contaram com poemas, orações, mas sem celebrações religiosas nem políticas, a leitura dos nomes foi interrompida para mais um minuto de silêncio, exatamente às 9h03 na mesma hora que o segundo avião bateu na Torre Sul a dez anos atrás, lançado com o voo 175 da United Airlines, a leitura também foi interrompida às 9h37 com o voo 77 da American Airlines contra o Pentágono, às 9h59 com o colapso da Torre Sul, às 10h28 da Torre Norte; e da queda do voo 93 da United Airlines em Shanksville, Pensilvânia, às 10h03.
Bush, que era presidente dos Eua na época dos ataques, leu uma carta de Abraham Lincoln (1861-1865) para uma mulher que perdeu seus cinco filhos na Guerra Civil dos EUA. "Sinto quão a faca e infrutífera deve ser qualquer palavra minha para tentarconsolar uma perda tão devastadora", leu Bush, citando Lincoln. "Mas não posso evitar de apresentar-lhe o consolo que pode ser encontrado no agradecimento da república pela qual eles morreram para salvar."
Depois da leitura dos nomes, os parentes das pessoas mortas foram para o novo memorial no Marco Zero. Muito esperado por todos esse memorial ficou muito bonito, ficou com um espaço de três hectares, e será aberto ao público nessa segunda -feira. Com mais de 200 castanheiras, possui duas grandes fontes, com as paredes de água fluindo sem parar. Foram erguidas no lugar exato onde estavam as torres. E o nome de cada vítima está inscrito em seu entorno.
Perto do memorial está sendo levantada a principal torre do novo complexo, o One World Trade Center, que alcançará 1.776 pés (541 metros), o futuro edifício mais alto dos EUA. Sua altura, em pés, corresponde ao ano da independência americana.
Esses feixes de luzes estão exatamente onde estavam as Torres Gêmeas à 10 anos atrás.
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