Corrupção não é coisa só de político brasileiro. Nas últimas décadas,
enquanto a população de certos países vivia abaixo da linha de pobreza,
seus presidentes desviavam bilhões (sim, BILHÕES) de dólares para suas
contas pessoais.
Em 2004, a ONG Transparency International
publicou um relatório com os valores aproximados dos recursos desviados
por alguns presidentes nas últimas décadas. Esses podem não ser
necessariamente os líderes mais corruptos do período, já que se sabe
muito pouco sobre o dinheiro desviado em vários outros lugares. Mas
olha, precisa ser ninja para superar os 5 maiores do relatório. Dá uma
olhada:
5- Slobodan Milošević
Sérvia/Iugoslávia, de 1989 a 2000
US$1 bilhão
US$1 bilhão
Milošević conseguiu a proeza de ser o primeiro chefe de Estado em
atividade acusado por um tribunal internacional. Mas não foi por causa
da corrupção: o Tribunal de Haia o prendeu por crimes contra a
humanidade realizados durante as guerras na Croácia, Bósnia e Kosovo (na
qual foi responsável pela morte de pelo menos 900 pessoas, incluindo
mulheres e crianças). Já as autoridades federais iugoslavas o acusaram
por corrupção, abuso de poder e apropriação indébita. Milošević morreu
em 2006 na Prisão de Criminosos de Guerra, em Haia.
4- Sani Abacha
Nigéria, de 1993 a 1998
US$2 bi a 5 bi
US$2 bi a 5 bi
O político e militar Sani Abacha participou de 2 golpes até chegar ao
poder. Seu governo ditatorial foi acusado de cometer várias violações
dos direito humanos, com inúmeros casos de execuções de opositores
políticos e ativistas. Impopular dentro e fora do país, ele não baixou a
bola e ainda zombou das ameaças de sanções econômicas que estava
sofrendo, já que rola uma dependência mundial do petróleo que a Nigéria
produz. Foi casado com Maryam Jidah, vencedora de um concurso para
rainha da beleza africana, teve 9 filhos e morreu em 1998, de infarto.
3- Mobutu Sese Seko Nkuku Ngbendu wa Za Banga
Zaire, de 1965 a1997
US$5 bilhões
US$5 bilhões
Mobutu chegou à presidência por meio de um golpe militar. Apesar da
sua política ditatorial, foi apoiado pelas potências ocidentais, que
temiam a instalação de um regime comunista na África em plena Guerra
Fria. Com seu chapéu de pele de leopardo, ficou conhecido como um dos
mais poderosos governantes do continente africano – chegou até a mudar o
nome do país de Congo para Zaire, em 1971. Mas, enquanto o povo do país
vivia cada vez mais abaixo da linha da pobreza, a fortuna pessoal de
Mobutu, quase toda no estrangeiro, crescia incrivelmente. Só foi
derrubado em 1996, fugindo logo em seguida do país – que voltou a se
chamar Congo.
2- Ferdinand Emmanuel Edralín Marcos
Filipinas, de 1965 a 1986
US$5 bilhões a 10 bilhões
US$5 bilhões a 10 bilhões
O ditador foi eleito presidente em 1964 e ainda conseguiu a reeleição
em 1969 e 1981. Também foi declarado vencedor das eleições de 1986, mas
as suspeitas fortes de fraude eleitoral fizeram com que ele fugisse
para o Havaí, onde ficou até sua morte. Sua esposa, Imelda Marcos, foi
ganhadora de um concurso de beleza nas Filipinas (parece que rainhas da
beleza curtem um presidente) e é famosa por suas viagens de compras
milionárias e sua coleção de mais de mil pares de sapatos. Mas sua vida
de Paris Hilton está sofrendo turbulências: o tribunal anticorrupção das
Filipinas a obrigou a devolver 10 milhões de pesos (cerca de US$ 228
mil) roubados pelo falecido marido e a pagar 1,95 milhões de pesos
(aproximadamente US$ 44 mil) em indenizações.
1- Hadji Mohamed Suharto
Indonésia, de 1967 a 1998
US$15 bilhões a 35 bilhões
US$15 bilhões a 35 bilhões
Mohamed Suharto chegou ao poder com o apoio dos Estados Unidos num
golpe seguido pelo massacre de 500 mil a 2 milhões de comunistas e
democratas indonésios. Suas políticas levaram ao crescimento econômico
do país, mas os ganhos foram perdidos em uma crise que levou à sua
renúncia, em 1997. Apesar de ter desviado essa quantidade absurda dos
cofres públicos, Suharto nunca foi condenado. Em 2000, as autoridades
indonésias começaram a investigar a corrupção no seu regime e o
colocaram sob prisão domiciliar, mas ele não pôde ser julgado por causa
de problemas de saúde – médicos atestaram uma doença cerebral. Ele foi
absolvido em 2008 (ano em que faleceu), mas sua fundação de caridade foi
condenada a pagar uma indenização de US$ 110 milhões.
Fonte: Super
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