Todos os anos a Ciência nos surpreende com descobertas incríveis, desde
variações no genoma humano até as origens da memória e da nossa
imaginação. Mas nem tudo são átomos no mundo científico. Recentemente a
NASA descartou uma das mais aceitas teorias sobre a extinção dos
dinossauros. Nasce a dúvida: como explicar o fato de alguns dos mais
rotineiros e mundanos conceitos ainda serem um tremendo mistério para os
mais brilhantes cientistas da década?
Certas coisas demandam um estudo muito longo, outras são mesmo
inexplicáveis, mas enquanto você espera por respostas, confira a lista
de oito pedras no sapato da Ciência moderna feita de forma bem-humorada
pelo blog Cracked que nós reproduzimos a seguir:
8. Por que nós dormimos?
Até onde sabemos, todas as criaturas do planeta dormem exatamente como
nós (embora o tempo que escolhemos para dormir varie). Então, obviamente
dormir deve ter um propósito chave para tudo o que é vivo, não? Bem, a
Ciência não faz ideia.Tudo que temos são explicações mal dadas com as quais nem todos os cientistas concordam.
Por que nós precisamos dormir? |
Existe
uma teoria que diz que dormir serve para "limpar" o cérebro após um
longo dia de aprendizado. Enquanto vivemos, o cérebro faz milhões de
novas conexões graças a tudo o que você faz ou vê em sua rotina. Outra
teoria diz que, ao invés de eliminar essas coisas desnecessárias, o
cérebro pode estar reforçando aquilo que você realmente precisa.
Cientistas observaram que quando os ratos dormem, usam os mesmos
neurônios de quando se exercitam pela manhã. Isso significa que os
roedores estão essencialmente revivendo o dia e praticando os mesmos
exercícios. A observação levou aos estudiosos a admitirem a ideia de que
dormir é crucial para formar memórias e aprender.
Mas
existe um problema com as duas teorias. Plantas e microrganismos,
conhecidos como "coisas sem cérebro", possuem estados de dormência muito
similares ao sono, o que gera dúvida sobre a teoria do "dormir é bom
para o cérebro". Ainda, cientistas descobriram
uma mutação genética que permite as pessoas dormirem de duas a quatro
horas por noite sem nenhum efeito colateral. Então dormir é inútil?
Fique feliz por saber o mesmo que os cientistas sobre o assunto.
7. Quantos planetas existem no Sistema Solar?
Desde que Plutão foi surpreendemente chutado do Sistema Solar, nós sabemos que a filiação ao "clube dos planetas" está sujeita a mudanças de acordo com os caprichos da Ciência. O que você pode não ter notado é que o atual inventário de oito planetas e um Sol é só e simplesmente o melhor que os cientistas podem fazer no momento.
Mais mudanças no sistema solar? |
Acredite, a maioria do nosso Sistema Solar ainda não está cartografada,
ou seja, é desconhecida. A área entre Mercúrio e o Sol é brilhante
demais para ser vista, e a área depois de Urano é escura demais.
Cientistas ainda estão encontrando novos objetos aos montes. E alguns
astrônomos acham que pode existir um segundo Sol.
Ainda,
o fato de existir uma enorme lacuna nos asteroides depois de uma certa
distância de Plutão diz aos cientistas que provavelmente existe um
planeta do tamanho da Terra que vem engolindo essas rochas. Então, nosso
Sistema Solar provavelmente voltará a ter nove planetas em breve.
Outra
pequena anomalia é que as órbitas dos cometas não andam agindo como
previsto. A explicação? Deve existir outro planeta afetando-as. E não é
algo que se possa simplesmente deixar passar. De acordo com a hipótese,
ele é coisa grande - grande do tipo "quatro vezes o tamanho de Júpiter".
Chamado Tyche, essa esfera de gás gigante está longe demais para que a
luz solar alcance, mas os cientistas estão muito confiantes que uma
evidência retirada de um telescópio da NASA, irá provar a existência
dele logo. Quem sabe, em poucos anos, nomear todos os planetas será tão
difícil quanto nomear todos os Estados.
6. Por que o gelo é escorregadio?
Dizer que o gelo é escorregadio é como dizer que a água é molhada - algo que sabemos desde que nascemos. Presumivelmente, seres humanos sabem que o gelo é escorregadio antes mesmo de descobrirem que o fogo era quente, ou que ele existia. Mas pergunte o porquê, e os cientistas não saberão dar uma explicação melhor do que um homem das cavernas daria. Nós simplesmente não sabemos porque podemos esquiar no gelo e não em pedregulhos. Embora até esse ponto, a maioria de vocês está provavelmente pensando "porque é água!" e é mais ou menos a resposta que os cientistas sempre dão.
Até
mesmo em livros mais modernos você pode ler essa explicação popular:
diferente da maioria das substâncias, o gelo se expande quanto mais
congela. Então quando você anda por ele, você está na verdade
compactando ele de volta ao velho estado de água. Parece simples, não?
Pena que, além de mal explicado, isso é mentira. Experimentos mostram
que seu corpo franzino não exerce pressão suficiente no gelo para
transformá-lo em líquido. Os cientistas não sabem explicar isso.
5. Como uma bicicleta funciona
Elas existem desde o século XIX e seu design básico mudou relativamente pouco em 200 anos. Bicicletas sempre tiveram duas rodas, uma armação para conectá-las e o guidão para controlá-las, e claro uma pessoa para montar. No mínimo, você deve acreditar, o cara que inventou essa coisa toda sabia o que estava fazendo, mas depois de mais de um século de pesquisa, a Ciência foi forçada a concluir que as primeiras bicicletas foram inventadas não por algum tipo de procedimento científico, mas por uma tentativa qualquer seguida de erro. Até as mais modernas fabricantes de bicicletas admitem que não é engenharia ou computação que faz uma boa bicicleta e sim "intuição e experiência."
Então,
o que acontece quando você pergunta aos cientistas o que exatamente faz
uma bicicleta estável? Ou o que a mantém em movimento? Ou como as
pessoas a controlam? Na verdade, todos eles admitem que mesmo que
algumas pessoas venham com cálculos de como montar em uma bicicleta ou
como elas funcionam, essas equações são muito mais uma enrolação. Um
pesquisador da Universidade de Cornell até disse uma vez que
absolutamente ninguém entende direito o que faz uma bicicleta fazer
essas coisas todas.
#4. Como vencer no jogo Paciência
Provavelmente você está lendo isso no computador. E convenientemente, ao alcance de seus dedos está um dos mais jogados e viciantes jogos de todos os tempos: Paciência. Todos nós em algum momento, chegamos a dez partidas consecutivas sem ganhar, paramos de jogar e sentamos para tentar descobrir o segredo. Como não conseguimos ganhar sempre?
Tudo
é mistério desde o século XIX. Grandes matemáticos abertamente admitem
que é uma das maiores "vergonhas da matemática aplicada" o fato de nada
ser exatamente claro sobre o jogo. Por exemplo, quando os nerds da
matemática tentaram encontrar as condições de vitória, depararam-se com
um problema. Eles não chegaram a uma ideia fixa de quantas combinações
de mãos são vitoriosas. Vieram com uma porcentagem aproximada que era
algo em torno de 80% ou 90%. Mas pense: quando você joga paciência, você
ganha pelo menos oito de 10 partidas?
3. Quantas espécies de animais existem?
No século XXI, os dias de Marco Polo e Colombo ficaram para trás. Ninguém está explorando novas terras e encontrando criaturas exóticas das quais o resto do mundo duvidaria. Então, certamente, já que pisamos em todos os solos desse planeta azul, deveríamos saber quantas espécies existem no planeta, certo?
Não chegamos nem perto. Quando você perguntar aos taxonomistas
(cientistas especialmente encarregados de encontrar e catalogar
animais), eles vão dizer que ainda precisam de muito tempo para
encontrar todas as criaturas que vivem no planeta. E, apesar de
trabalharem nesta missão por quase 250 anos, e descobrirem mais de
15.000 seres vivos novos a cada ano, os taxonomistas não tem a menor
ideia de quantas espécies vivem na Terra.
2. O tamanho da costa de um país
De todas as matérias que aprendemos na escola, a que possui menos mistérios é provavelmente a Geografia. Os continentes, rios e montanhas não vão a lugar nenhum. Pelo menos não tão rápido. Acontece, de repente, de você se enganar sobre qual é a montanha mais alta ou o maior deserto do mundo, mas até aí, tudo é uma questão de memória ou de buscar na internet. Afinal, são apenas medidas! Nesse caso, com certeza o comprimento da costa do seu país não é algo que se discuta.
Medições da costa podem variar |
É, mas as estimativas variam e muito. A CIA chegou a listar
oficialmente o comprimento da costa dos EUA como em torno de 12.380. Mas
outro estudo surgiu com 29.093 milhas. No fim, a National Oceanic and
Atmospheric Administration veio com 95.471.
Diferenças exorbitantes que comprovam que esse tipo de medição não é
nada simples ou indiscutível, como medir uma linha reta. É complexo e
tende a exageros. A razão é que, dependendo da quantidade de detalhe da
costa você deseja medir, sempre tem um resultado final diferente. Se
você quer apenas um esboço da medida, você pode obter um resultado
semelhante ao da CIA. Mas quando se faz a mesma medição dessa vez
considerando detalhes como pequenos recuos e curvaturas, obtém-se
números bem maiores.
1. Como funciona a gravidade
É a gravidade. Existe algum conceito no universo que seja mais básico que esse? Você joga a coisa para cima, ela cai. O que há para entender? Acontece que há quatro forças básicas que mantêm o universo unido, e dessas quatro, a gravidade é a única que não faz qualquer sentido. Especificamente, como pode ser tão incrivelmente fraca e incrivelmente forte, ao mesmo tempo.
A
gravidade mantém o Universo inteiro unido, e não importa para quão
longe você viaje, ela nunca desaparece. E, no entanto, é a força mais
fraca que existe. Para ilustrar, sabe quando você aproxima dois ímãs e
eles grudam? Essa força é na verdade 10 a 36 vezes mais forte que a
gravidade.
Para
piorar, no nível dos átomos, moléculas e outras coisas menores, a
gravidade simplesmente para de funcionar. Na verdade, gravidade é uma
das maiores razões para físicos quânticos e físicos comuns não terem
nada para dizer uns aos outros. Nós sabemos mais sobre o que acontece
dentro de um átomo do que porque uma bola cai depois que jogamos ela
para cima.
Fonte: Cracked
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